9 de dez. de 2012

Teatro

A porção de amor de Oberon (O sonho novo de uma noite de verão)
Cena XIII (Os mesmo á parte; Demétrio e Hérmia)
Demétrio: Por que me rejeitas tão rudemente quem ti ama com tanto ardor? Guarde esses murmúrios amargos para teu inimigo.
Hérmia: Limito-me em mostrar meu desprezo. E não jogues indireta, pois não acredito que Lisandro me deixaria dormindo sem um bom motivo.
Demétrio: É a da vitima ferida no coração por tua crueldade e, contudo brilhas tão bela e clara.
Hérmia: Que tem isso com Lisandro? Onde ele estás?
Demétrio: Preferiria dar sua carcaça para aos meus cães.
Hérmia: Para longe de mim! Por piedade dizei-me a verdade.
Demétrio: Que recompensa receberia se pudesse responder-te?
Hérmia: O privilégio de nunca mais me ver. Fujo de tua odiosa presença.
(sai)
Demétrio: Inútil segui-la no estado de irritação em que se encontra. Descansemos aqui por alguns instantes.
(adormece)

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