Especial de Ano Novo ou quase isso
Estive pensando estes
dias em escrever uma crônica ou uma observação especial de fim de ano. Mas o
que eu ia dizer?
Poderia falar dos
aparentes avanços sociais e econômicos do Brasil, de futebol, do meu bom ano,
enfim... Também poderia fazer o contrário: criticando essa nossa educação que
em vez de progredir, parece regredir; criticar o baixo nível do futebol
brasileiro; e a falsidade de algumas pessoas que fui obrigado a suportar este
ano.
Poderia ainda desejar a
todos um 2012 fantástico onde tudo que queiram conquistem etc, etc, etc. Mas
isso seria muito clichê para mim.
Mesmo porque não
acredito em fim e começo de ano, é tudo meio estranho os nossos rituais
terminalístico (aí Bartolomeu um neo pra ti) e começológico (outro) como trocar
a agenda, jogar os papeis velhos desnecessários que guardamos o ano inteiro
para só jogá-lo ao término do ano como se de uma hora para outra teriam alguma
utilidade antes, novas perspectivas de trabalho, estudo, enfim: os mesmos
rituais de sempre.
A impressão que tenho é
que realmente o único momento para se fazer isso é o começo ou fim do ano, como
se os projetos, e por que não a vida, só podem ser transformadas em datas
específicas.
Será que a vida se
tornou tão chata e previsível que temos que marcar datas para tudo? Será que
até para uma transa casual teremos que marcar datas? (preciso compartilhar o
que acabo de ver ao escrever “transa” no meu Word 2007: ficou com aquele
tracejado verde de sugestão de mudança de palavra, sabem o que sugeriu?
“Relação amorosa” como este Word é româtico) Ou pior confundirmos
espontaneidade com imbecilidade?
Não sei se devem
responder estas perguntas, eu é que não o farei, é chato responder, legal é perguntar.
Fiquem bem.
Um Beijo do Magro,
fui...
Michael Bonadio
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