A porção de amor de Oberon
(O sonho novo de uma noite de verão)
Releitura: Michael Bonadio
Personagens:
Demétrio
Helena
Hérmia
Lisandro
Oberon
Puck
Cenário
Parque, praça ou jardim
municipal. Com um banco ao centro do palco e arvores em volta.
Cena 1 (entram Hérmia e Lisandro)
Lisandro: Hérmia meu amor, que há? Porque vossas faces estão pálidas? Que
aconteceu que as rosas ali existentes murcharam neste verão maravilhoso?
Hérmia: Acredito que seja por falta de água da chuva. Poderia assim regá-las
abundantemente com as de meus olhos. De acordo com tudo que pude ler na
história ou aprendi pela tradição, o verdadeiro amor nunca seguiu seu curso
fácil.
Lisandro: Sejas mais clara.
Hérmia: Demétrio foi pedir minha mão ao meu pai.
Lisandro: Que coisa mais cafona. E seu pai...
Hérmia: Aceitou.
Lisandro: E você não fez nada?
Hérmia: Pedi, implorei, mas Demétrio é rico, meu pai está em decadência.
Lisandro: Mas também sou rico, se este for o motivo...
Hérmia: Você não é dono da “Teseu e Hipólita Cia S/A”.
Lisandro: E?
Hérmia: Meu pai é fanático por esta empresa, assim como um fanático torcedor
sofre pelo seu time, sem receber nada em troca. Trabalhou lá, sua vida inteira
e acredita que me casando com Demétrio pode conseguir um cargo importante.
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