4 de dez. de 2011

Crônicas


Sócrates vive
Acordei esta manhã muito triste com as notícias de que meu tio Luizinho e Sócrates haviam morrido.
No que se refere ao meu tio sua importância para mim, aos olhos de minha família, poderia até parecer imperceptível. Porém minha mãe sempre o tratou como segundo pai sendo assim quase um avô para mim. Não me lembro de tê-lo visto de mau humor, pelo contrário, sempre sorridente, alegre e o mais importante: me tratava com carinho. Eu meio caldo talvez nunca demonstrara o amor e o carinho que sentia por ele, mas este era e será sempre verdadeiro.
Poderia dedicar poucas palavras ao Sócrates, pois sua importância e genialidade é indiscutível. Mas vou abordar algumas coisas que passaram despercebidas por parte da imprensa e talvez por muitas outras pessoas.
Ele não foi só um jogador, mas com certeza um dos poucos bons e verdadeiros exemplos do que deve ser um jogador de futebol. Habilidoso com a bola, um intelectual com as palavras e Dr. de profissão.
Nunca foi vaidoso e suas opiniões sempre ficaram fora da grande mídia por “versar” contra as incongruências do futebol e da vida, que para ele, e para mim também, não se separam e sim se completam.
Um dia me surpreendi com a aparição dele no CQC, algo incomum para ele que sempre evitou os grandes meios de comunicação (melhor dizendo, os grandes meios é que sempre o evitou). Além deste também participou do Agora é Tarde da mesma emissora e de um outro programa popular da Rede TV que não sei o nome. Por qual motivo ele participaria destes programas tão midiáticos e com “conteúdo” tão abaixo deste homem tão genial?
Hoje refletindo sobre como e o que escrever neste texto tive um pequena “luz”. Suas idéias, pensamentos e opiniões não podiam se perder e para isto teria que aparecer, pois com isto e por ter sido ídolo da mais popular torcida do Brasil as pessoas que só conheciam suas grandiosas jogadas poderiam se interessar também por suas idéias geniais.
Talvez ele como um ser diferenciado percebera que sua hora estava por chegar e sabia que suas lutas não poderiam morrer com ele e foi à luta para tentar alcançar o maior número de pessoas que conseguisse.
Quem sabe os jogadores atuais mirem-se em seu exemplo e deixem suas vidas medíocres de só futebol, mulher e gandaia (outros igreja) e passem a pensá-las de maneira mais reflexiva e percebam que o mundo que os cercam é enganoso, maldoso, que suas opiniões, se é que eles a tem, podem ajudar a mudar a vida das pessoas.
Sei que este texto mal traçado não é digno das pessoas que homenageio, mas é sincero.
Geralmente me despeço destes textos com um bordão Um beijo do Magro fui..., mas hoje direi:
Um Beijo pro Magrão...

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